31 dezembro, 2011

Melhores filmes de 2011

Repetindo o texto do ano passado:

Ao longo do ano vou compilando no C'est la vie uma lista de melhores do filmes vistos. Geralmente são aqueles que ganharam 4 estrelas e meia no pequeno review que faço no Flixster.

Em 2011 foi mais difícil ainda ir ao cinema, acho que tive o recorde negativo. Nem assistir em casa estou conseguindo, este foi o ano dos quadrinhos, não do cinema, definitivamente.

São estes os melhores que vi:
  1. 127 horas
  2. Amores imaginários
  3. Chico y Rita
  4. Drive
  5. Exit Through The Gift Shop
  6. Kynodontas
  7. L'Illusionniste
  8. Midnight in Paris
  9. O Discurso do Rei
  10. O Homem do Futuro
  11. Room in Rome
  12. Scott Pilgrim vs. The World
  13. Senna
  14. The Tree of Life
  15. X-Men: First Class

Cabe agora a tarefa de separar e ordenar os cinco filmes de que mais gostei neste ano, para facilitar meu lado, eliminarei aqueles que são oficialmente produções de 2009.

Eis a lista:
  1. A Árvore da Vida - Terrence Malick


  2. Dente Canino - Giorgos Lanthimos


  3. Scott Pilgrim Contra o Mundo - Edgar Wright


  4. Amores Imaginários - Xavier Dolan


  5. X-Men: Primeira Classe - Matthew Vaughn



Menção honrosa para O Homem do Futuro, único brasileiro novo que vi e que não fez feio. Lembrando que fiquei devendo Trabalhar Cansa, O Palhaço, Ex-Isto, O mineiro e o queijo, O céu sobre os ombros e tantos outros nacionais.

Tinha colocado Senna, do inglês Asif Kapadia em quarto, mas como sua estreia foi em 2010, como geralmente deixo documentários numa categoria a parte e como tinha me esquecido de listar o filme de Xavier Dolan, fiz a alteração.

Além do mais não vi fortes candidatos a favoritos, como Cópia Fiel, Melancolia e A Pele que habito.

Até ano que vem.

14 dezembro, 2011

Dia 1: Você Mesmo

Começando, talvez pelo mais difícil. Voilá, Moi;

30 day drawing challenge

Roda na internet um desafio, que não sei de onde se originou, a ideia é fazer um desenho por dia por 30 dias. Resolvi tentar. Não farei diariamente, o mais provável é que seja semanal. Já não desenhava há muito tempo, vai ser divertido.

14 novembro, 2011

As Artes #3

Pintura


A terceira arte é cor. Imagens realistas ou abstratas. Deleite para os olhos, desafio para a mente. Desde as cavernas vimos transpondo em imagens sob superfícies nosso cotidianos, nossos devaneios, nossos medos, nossos amores. A Pintura talvez seja a mais clássica das Belas Artes, a mais reconhecível como tal. Da perfeição fotográfica dos renascentistas ao abstratismo dos modernistas, quadros dos mais diversos nos emocionam, como só a Arte o faz.

Como não parar diante da cultuada Gioconda de DaVinci?
Como não se embasbacar frente a grandiosidade trágica da Guernica de Picasso?
Quando um girassol foi mais intenso que em Van Gogh?
Pode uma paisagem ser tão melancólica como as de Turner?
Como não se orgulhar com uma ponta de vergonha social ao ver um quadro de Portinari?

Sim, o mundo é melhor por causa de Gaugin, Caravaggio, Rembrandt, Tarsila, Carybé, Rothko, Kandinsky, Klimt, Dalí, Miró, Munch, Renoir, Monet, Khalo, Pollock, Chagall etc.


19 setembro, 2011

Promessa a ela

Disseram a ela que podia ser deus. Não acreditou. Não acreditando teve certeza. Como poderia ser um deus sem fé? Todavia aquilo ficou na sua cabeça de criança serelepe. Veio a adolescência, e as preocupações mundanas e os mergulhos depressivos no seu próprio ser a afastaram da promessa infantil. Foi uma adolescente normal nas suas esquisitices. Não quis do mundo mais do que o mundo lhe oferecia. Na juventude foi questionadora, o lugar-comum a desinteressava sobremaneira. Mudava. Era alguém novo, era alguém de novo. Cansada de mudar ou de apenas tentar, parou e pensou, Bem que eu podia ser deus. Numa fração de segundo lembrou do que lhe haviam dito na infância, e de que tinha se esquecido havia muito. Mas quem mo disse? A lembrança era vaga, obscura, ou melhor ofuscada por uma luz diáfana. Foi quando se descobriu grávida e por quarenta semanas gerou um ser, o pariu e o alimentou. Sentiu-se então deus, pois criara vida. E foi intensa, e feliz, na maior parte do tempo. Muitos anos depois, já bem idosa, disse a sua neta, criança serelepe; você pode ser deus. Daí se lembrou.

Leonardo OCunha



escrito em dois tempos.

29 junho, 2011

As Artes #2

Dança

A segunda arte é a arte do movimento. Dança é coreografia, é ritmo e emoção. Está sim fortemente ligada à música, mas independe dela. É também primitiva, e evolui ao longo das eras. É muito humana pois tem como matéria prima o corpo humano.

Um solo já clássico como "A morte do Cisne" emociona toda vez. Compartilho a perfomance de Natalia Makarova para a música de Camille Saint-Saëns. O ballet foi criado pelo coreógrafo Mikhail Fokine, a pedido da bailarina, Anna Pavlova.

Digno de louvor é o trabalho do Grupo Corpo, destaco trecho do espetáculo Onqotô, com música de José Miguel Wisnik sob o soneto de Gregório de Matos, a coreografia é de Rodrigo Pederneiras. Muita Arte.



28 maio, 2011

Canções

Não sou o conhecedor de música, não entendo de harmonia, ritmo, métrica, a não ser o básico. Não pretendo fazer uma lista de melhores, nem de mais relevantes. Listei apenas aquelas canções que sempre que ouço me emocionam (qualquer tipo de emoção), que escutei muito por um tempo, que frequentemente tenho vontade de ouvir, em fim que fazem parte da minha vida.
    A tonga da mironga do kabuletê 
    Acabou Chorare 
    Ahiê 
    Alegria, alegria 
    All sold out 
    Asa Branca 
    Basket Case 
    Carolina 
    Caxambu 
    Chan Chan 
    Chico Mineiro 
    Computadores fazem arte 
    Dia Branco 
    Didn't I (Blow Your Mind This Time) 
    Elephant Gun 
    Eu quero ver o oco 
    Felicidade 
    F*** me pumps 
    God only knows 
    Grão de amor 
    Great balls of fire 
    Guantanamera 
    Have you ever seen the rain? 
    Heroin 
    Hey Jude 
    Hey Ya! 
    Hino Nacional Brasileiro 
    I just don't know what to do with myself 
    I wanna be sedated 
    Iron Man 
    Jane Says 
    João e Maria 
    Karma Police 
    Killing in the name 
    La Bamba 
    La Belle de Jour 
    Last Nite 
    Light My Fire 
    Love of my Life 
    Love Will Tear Us Apart 
    Luna Lunera 
    Mandando Bronca 
    Mantenha o Respeito 
    Maracatu Atômico 
    Message in a Bottle 
    Metade 
    Minha Galera 
    Mrs Robinson 
    My Generation 
    Não quero dinheiro 
    Ne me quitte pas 
    Nem Vem Que Não Tem 
    Non, Je Ne Regrette Rien 
    99 Luftballons 
    O Pinto de peitos 
    Pacato Cidadão 
    Paisagem da Janela 
    Panis et Circenses 
    Para ver as meninas 
    Pra não dizer que não falei das flores 
    Redemption Song 
    Romaria 
    Roots Bloody Roots 
    Rosa 
    Sabotage 
    Si pudiera 
    Smells Like Teen Spirit 
    Só por hoje 
    Sóbrio e só 
    Spanish Bombs 
    Telegrama 
    The Love I'm searching for 
    Tired of Sex 
    Último Romance 
    Um a um 
    Velouria 
    Volver a los 17

25 maio, 2011

As Artes #1

Falarei um pouco de Arte, me pautarei pelas seis artes clássicas e as três que se juntaram a elas. Começo então:

Música

Som. A mais intangível das Artes, possivelmente a mais subjetiva. É a que toca mais facilmente à alma. A música também é a mais democrática, todos ouvimos a música desde o feto, e "entendemos". Há para todos os gostos (e maus gostos). Existe, dizem, desde antes de existir a palavra. A música é usada ainda como apoio e artifício por outras artes.

Como não se emocionar com Ode à Alegria? Como não se empolgar com Blitzkrieg Bop? Tão diferentes entre si e sempre música, arte.





Update: Confiram a lista de canções que postei no outro post.

26 abril, 2011

Poder da Arte

Se queres "entender" o poder subjetivo da Arte conhece Rothko.

Mark Rothko Sketch for "Mural No.4" 1958

28 março, 2011

Pequenas Lembranças #12

Merenda

Não sou muito ligado em comida, não consigo lembrar o que eu costumava levar de lanche para o colégio, a não ser numa época em que levava tão somente um Yakult, e a brincadeira era tomá-lo todo em menos tempo possível.
Antes disso tinha uma merendeira dos Trapalhões, com uma garrafinha dentro. Certa vez, não consegui abri-lá e pedi à professora, que fazendo toda força, me perguntou quem havia fechado, a que respondi, a empregada, e ela retrocou, sua empregada é o Hulk?

Lembro-me, também, de dois episódios relacionados a merenda. Uma manhã chega à porta da minha sala uma prima minha distante, que me procurando, me entrega uma nota de, sei lá, 5 mil cruzeiros...
Não entendi bem aquilo, ela não disse nada que lembre, e nem eu perguntei. Guardei o dinheiro.
Ora, eu tinha esquecido a merendeira em casa. Minha mãe preocupada, entrou em contato com sua prima e pediu que sua filha me desse um dinheiro para que eu comprasse o lanche.
Voltei para casa com o dinheiro intato.

Outra vez, levei de casa um dinheiro para comprar a merenda na cantina, deve ter sido a primeira vez. Enfrentei a fila, pedi um misto e uma Fanta. Voltei para onde comíamos, donde atinei que não tinha pegado o troco. Voltei para a loucura de um fila de crianças agitadas e reivindiquei com o atendente; Comprei um misto e uma Fanta e não ganhei meu troco. Ele disse que não havia troco. Relutei, mas aceitei. Acho que pensava que toda transição financeira envolvia pagamento, recebimento do produto e do troco.
Acabei praticamente sem recreio.