08 fevereiro, 2006

Feliz, tadinho

Era um sujeito tão feliz que dava dó. É. Porque sua felicidade era boba, vã, ingênua. As pessoas o viam e diziam, Tão bonzinho tadinho. Era feliz assim porque via a vida com mais cores, mais música. A realidade dura não lhe afetava. Amolecia tudo com sua percepção ímpar. Quando criança não era assim, era como todas as crianças, brincava, brigava, chorava. Pela época da adolescência que sua maneira singular começou a se desenhar. Lia muito por este tempo, agora já não lê nada. Não precisa.

Num dia sem nuvens ou numa noite sem lua, já não se sabe, ele subiu ao céu. Não era deus, nem santo, mas era sonhador o os sonhos nos dão asas, e com elas voou. Ao infinito se dirigiu com um sorriso no rosto e nunca mais voltou. Foi Feliz!



21 de julho, 2005